quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A arte de edificar.



Conversando com alguns amigos estudantes de engenharia, percebi o tipo de pensamento que seus professores estão lhes ensinando na questão: engenharia x arquitetura.
            Para eles a arquitetura é dispensável, pois, para executar uma construção, o modelo básico de plantas é suficiente, para suprir as necessidades de moradia e bem estar do cliente/ habitante.
 O que discordo, pois, enquanto o campo da engenharia trata de cálculos, a arquitetura abrange toda uma cultura populacional. São os arquitetos, urbanistas, decoradores e designers que criam modelos e tendências que socialmente e culturalmente são importantes, pois definem uma época.
            Dizer que a profissão do arquiteto pode ser facilmente exercida por um engenheiro é o mesmo que afirmar que a profissão do escritor poder ser exercida pelo redator. Ambos se complementam e ajudam-se, mas tanto o escritor quanto o arquiteto são fundamentais para a sociedade, pois ainda que trabalhando dentro de gêneros literários e normas eles conseguem criar e inovar.
            Historicamente a arquitetura, a arte e a literatura estão unidas. Quando no ensino médio estudamos os movimentos artísticos e literários, logo percebemos que esta tríade esta entrelaçada.
             Imaginemos agora como a construção da catedral de Notre Dame ou a catedral de Brasília, ou mesmo a catedral fortalezense  não tivessem um projeto arquitetônico e fosse apenas um modelo de planta básica, influenciariam no turismo local gerando renda para a cidade, criariam movimentos artísticos e se instigariam a aproximação do homem com o divino, creio que não.
        Outro foco da conversa que tivemos  foi sobre a futilidade. Em alguns projetos de interiores são fato que se consta alguns exageros, mas entra:" um bom projeto é aquele que agrada o cliente e não os demais profissionais." O que quero dizer é que se um cliente quer revestir a parede de seu w.c com cristais svarosvisky é aceitável se ele tem condições de arcar e manter com tal luxo. O que não é aceitável são as construtoras a todo custo quererem lucrar o mais rápido possível, fazendo empreendimentos que um quarto tenha 2mx2m (são os chamados prédios caixa de fósforo). Esse modelo de construção que apelidei de “caixa de fósforo” gera um maior custo de energia, pois são apertados e quentes, aumentando o uso de ar-condicionado. Isso é uma futilidade pois construções podem ser feitas aproveitando o máximo de ar natural que é o caso do projeto arquitetônico da
Rede Sarah de Hospitais.
        É tempo de mudanças, já é hora dos profissionais da construção se unirem e perceberem que um depende do outro para realizar projetos viáveis tanto economicamente e socialmente seja para o” minha casa minha vida” ou para um empresário. E essa mudança deve começar dentro das universidades, pois é lá que estão os futuros profissionais da área como por exemplo, esses meus amigos.

                                                                          
                                                                                       Raquel Sayonara.


  
 beijo e continuem acessando. :D